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Manejo arbóreo

Manejo arbóreo

Normalmente, só lembramos que nossas árvores precisam de manutenção quando ocorrem problemas como quedas de partes ou mesmo da árvore inteira. Para se ter uma ideia, só em 2020 caíram mais de 3 mil árvores no município de São Paulo.  Obviamente, boa parte delas causando danos ao patrimônio e até mesmo perda de vidas.

O que poucos sabem é que, embora a maior causa seja problemas fitossanitários, boa parte das quedas de partes das árvores são por causas naturais. Galhos ficam velhos e secam, isso é normal.

Seja por um motivo ou outro, a queda de árvores ou de suas partes são, geralmente, evitáveis quando elas recebem manutenção adequada.

O tipo de manutenção e sua frequência é definida após análise técnica, sendo os profissionais habilitados para tal, os engenheiros agrônomos, engenheiros florestais e biólogos.

As manutenções podem ser tanto no aspecto fitossanitário, com tratamentos e adubações, quanto de manejo em si, que pode ser a realização de podas ou mesmo, quando em casos sem o outro tipo de solução, a remoção do indivíduo arbóreo.

As podas podem ser:(fonte: Manual Técnico de Poda de Árvores PMSP)

 

Tipos de manejo arbóreo

A poda de formação é essencial, pois condiciona todo o desenvolvimento da árvore e sua adaptação às condições em que vai ser plantada definitivamente e é realizada no viveiro. No viveiro as mudas são produzidas dentro de padrões técnicos, sendo conduzidas no sistema denominado “haste única”, que consiste na desbrota permanente num caule único e ereto, até atingir a altura mínima de 2,0 metros.

Quando a muda já está plantada no local definitivo a intervenção deve ser feita com precocidade, aplicando-se a poda de condução. Visa-se, com esse método, conduzir a planta em seu eixo de crescimento, retirando os ramos indesejáveis e ramificações baixas, direcionando o desenvolvimento da copa para os espaços disponíveis, sempre levando em consideração o modelo arquitetônico da espécie. É um método útil para compatibilização das árvores com os fios da rede aérea e demais equipamentos urbanos, prevenindo futuros conflitos.

É realizada para eliminação de ramos secos, senis e mortos, que perderam sua função na copa da árvore e representam riscos devido à possibilidade de queda e por serem foco de problemas fitossanitários. Também devem ser eliminados ramos ladrões e brotos de raiz, ramos epicórmicos, doentes, praguejados ou infestados por ervas parasitas, além da retirada de tocos e remanescentes de podas mal executadas. Estes galhos podem, em algumas circunstâncias, ter dimensões consideráveis, tornando o trabalho mais difícil do que na poda de formação.

Visa eliminar problemas estruturais, removendo partes da árvore em desarmonia ou que comprometam a estabilidade do indivíduo, como ramos cruzados, codominantes e aqueles com bifurcação em v, que mantêm a casca inclusa e formam pontos de ruptura.  Também é realizada com o objetivo de equilibrar a copa.

É empregada para solucionar ou amenizar conflitos entre equipamentos urbanos e a arborização, como por exemplo, rede de fiação aérea, sinalização de trânsito e iluminação pública. É utilizada para remover ramos que crescem em direção a áreas edificadas, causando danos ao patrimônio público ou particular. Entretanto, antes de realizar essa poda, é importante verificar a possibilidade de realocação dos equipamentos urbanos que interferem com a arborização (troca de rede elétrica convencional por rede compacta, isolada ou subterrânea, deslocamento de placas e luminárias, redução da altura dos postes de iluminação, cerca elétrica, etc.).

Consiste na remoção dos ramos mais baixos da copa. Geralmente é utilizada para remover partes da árvore que impeçam a livre circulação de pessoas e veículos.   É  importante  restringir  a  remoção de ramos ao mínimo necessário, evitando a retirada de galhos de diâmetro maior do que um terço do ramo no qual se origina, bem como  o  levantamento  excessivo  que  prejudica  a  estabilidade  da árvore e pode provocar o declínio de indivíduos adultos.

É realizada para remover partes da árvore como ramos que se quebram durante a ocorrência de chuva, tempestades ou ventos fortes, que apresentam risco iminente de queda, podendo comprometer a integridade física das pessoas, do patrimônio público ou particular. Apesar do caráter emergencial, sempre que possível, deve ser considerado o modelo arquitetônico da árvore, visando um restabelecimento do desenvolvimento da copa e minimizando riscos posteriores.